segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tic Tac Temptation


Tic tac, tic tac… Soa o tempo em nossas mentes e nos nossos relógios, o tempo que sempre está ali ou te ajudando ou te destruindo. O mundo escravizado pelo tempo continua o seguindo quase como uma divindade. Sinceramente tenho um apreço enorme pelo tempo em si, por mais que o tempo escravize, retire a liberdade quase que totalmente e possa criar paranoias incontroláveis.
Tempo, do latim tempus. A palavra tempo é a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações (ou seja, o período decorrido entre o estado do sistema quando este apresentava um determinado estado e o momento em que esse dito estado regista uma variação perceptível para o observador).
Desde as eras mais antigas o tempo vem modificando a historia humana, aparecendo sob as mais diferentes formas, sendo uma consequência, uma variável que integra a definição de realidade, refletindo praticamente o absoluto. O tempo pode ser descrito de varias formas diferentes, mas sempre estando ligado a tudo e todos. Existe o tempo existencial, percebido passando rápido demais quando se está em diversão continua, ou intensamente lento, quando estamos a fazer algo ao qual odiamos. Tendo também o tempo do relógio, uma invenção para dar uma figura àquilo que precisamos para uma organização de tudo, onde ele sempre corre na mesma velocidade e sendo alterado apenas pelo tempo existencial percebido. Analisado pelo viés filosófico, na antiguidade, o tempo foi concebido por Platão como um acontecimento anterior a um posterior, mera consequência com limites apenas vagamente definidos.
O tempo está intimamente ligado a cada um, em sua totalidade ou apenas em essência, mas pensando assim,  quem nunca quis voltar o tempo? Todos nós um dia já pensamos em voltar um tempo só uma vez, para reparar uma briga, para evitar um acidente, para dizer algo que durante uma reflexão incerta poderia ter dito outras coisas para normalizar a situação.
Portanto, estamos intimamente ligados ao tempo, concluindo que mesmo se tentarmos fugir ele sempre irá nos perseguir. Não se pode mudar o tempo assim como não se pode mudar o que já foi feito, e perante isso corremos como loucos, adentrando num pequeno abismo temporal para conseguir fazer tudo o que queremos e tentando vencer uma batalha ao qual não se pode vencer, contra o nosso querido tempo. Então que o tempo nos ajude a conseguir tudo o que queremos ou precisamos, ou então apenas deixemos o tempo nos levar até o caminho que devemos chegar.

Texto de Rubens Nunes

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